Antes que comecem as campanhas oficiais para arrecadação de donativos - claro que alimentos e outros produtos são absolutamente indispensáveis num primeiro momento - mas, a exemplo do que fiz em 2008 aqui: http://receitasedelicias.activeboard.com/t22827611/ajuda-para-santa-catarina/ volto a reiterar meu pedido para que a ajuda venha também por outros meios, como por exemplo, as compras e o turismo.
Compras: várias das cidades atingidas são grandes polos produtores de confecções, tanto de cama, mesa e banho, como moda praia, roupas íntimas, roupas femininas, masculinas e infantis, em geral. As pequenas empresas são sempre as mais prejudicadas, muitas sequer conseguem se reerguer após uma tragédia dessa proporção, portanto, um modo de ajudar desde já é o seguinte: ao fazer compras, procurar por etiquetas das confecções das marcas catarinenses e dar preferência na aquisição desses produtos.
Estive em Brusque há poucos dias atrás, hoje uma das cidades mais atingidas pelas águas, e vi muitas lojas e pequenas confecções fechadas, provavelmente por não terem conseguido se recuperar dos prejuizos de 2008. Hoje à tarde, ao ver na tv boa parte da cidade com as casas cobertas por água até o telhado, fiquei ainda mais entristecida, pois já vivi essa experiência na infância, de ver que todo o duro trabalho de mamãe durante meses na roça, estava perdido em poucas horas e isso nos colocava numa difícil situação, pois o sítio era a nossa fonte de sustento. Por sorte, apenas uma vez tivemos a casa prejudicada, justamente em 1984, que citarei abaixo.
Turismo: Santa Catarina sempre foi roteiro de turismo e certamente continuará sendo, obviamente após passada a fase crítica e a recuperação das cidades atingidas e toda sua infra-estrutura.
Essas são duas fontes de renda fundamentais para manutenção dos empregos das pessoas e consequente recuperação de parte do que foi perdido em mais essa tragédia.
Esperar que apenas o governo resolva todos os problemas já está mais do que provado que não acontece, pois ainda há muitos desabrigados em algumas cidades desde 2008, apesar dos recursos supostamente prometidos pelas autoridades de todos os níveis.
As doações financeiras tb são necessárias, mas que sejam destinadas às instituições sérias e confiáveis, pois em tempos de calamidades, sempre surgem os oportunistas. Então fiquem atentos aos pedidos que receberem.
O importante é que não se repitam os absurdos após a enchente e que prejudicaram ainda mais o estado na temporada de verão de 2008/2009, tamanha a falta de informação por parte de famosos apresentadores de TV, que sequer sabiam o que é leptospirose (vejam no tópico que citei acima) ou que SC tem duas cidades com nomes semelhantes: 1)Balneário Camboriúmunicípio mais conhecido pelas famosas e belíssimas praias, com amplos recursos turísticos e econômicos (onde moro atualmente) e que não está enfrentando nenhum problema com enchente, apesar dos dias seguidos de fortes chuvas. 2)Camboriú que é outro município vizinho, com modestos recursos economicos e que em 2008 sofreu com enchentes e acabou sendo duplamente prejudicada, tanto pela enchente quanto pela falta do turismo (incitada pela desinformação de famosos), pois a maioria de seus moradores são os que estão empregados em Balneário Camboriú.
Portanto, para quem já tem programada uma viagem para a famosa Oktoberfest de Blumenau, que acontece todo ano no mês de outubro ou para as cidades vizinhas com festas semelhantes que acontecem mais ou menos no mesmo período, certamente poderá manter sua programação e suas reservas, pois o povo catarinense é valente e batalhador e deverá estar com tudo recuperado para bem receber os turistas na ocasião festiva.
Aliás, para quem não sabe, essa famosa festa surgiu exatamente como uma celebração à vida, às tradições da cultura germânica e a recuperação da cidade pela força do povo, em 1984, meses após outra enchente, considerada uma das maiores tragédias climáticas (ou a maior) já registradas na história dessa terra.
Agradeço a atenção dos que tiveram a paciência em ler esse texto e agradeço ainda mais aos que puderem contribuir de algum modo, especialmente os acima sugeridos.
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É a maior enchente em 20 anos. Muito triste mesmo. Já estou fazendo minhas orações e mandando mta vibração positiva e energias de refazimento para o povo de SC. Que Deus lhes de mta força e coragem nesse momento.
Meninas, muito obrigada pela atenção e seus votos.
Por enquanto, a Defesa Civil Estadual está pedindo apenas os produtos de primeira necessidade e o pessoal já está se mobilizando: água, colchões, cobertores, alimentos, material de limpeza, etc. e, claro, voluntários para trabalhar.
Não vi nada ainda a respeito de campanha para doação em dinheiro, nem sei se será feita. Só mencionei o fato para tomarem cuidado, pois em 2008 aconteceram muitos incidentes desagradáveis e muitos espertalhões tiraram proveito da boa fé alheia (como sempre acontece). Então, tenham muita atenção com emails fraudulentos que receberem.
O rio principal (Itajaí-Açu) e seus afluentes já vem baixando o nível, hoje o sol finalmente apareceu e a previsão é mais sol para os próximos dias. Por sorte, há uma diferença muito grande em relação à enchente de 2008: os prejuizos maiores são materiais. Até agora foram registradas 3 ou 4 vítimas fatais, enquanto os nros de 2008 foram de centenas, esses nros "oficiais" são sempre contraditórios.
... e como sempre, tem as promessas do governo...
Enfim, quem puder contribuir conforme eu já sugeri, será ótimo. E quem for da região, pode contribuir com os donativos acima citados. Muito obrigada, meninas.
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Tite, Em 2008, houve uma grande movimentação por aqui... Pediam muita água, alimentos prontos, produtos de higiene e limpeza. Até agora, não vi nenhum pedido na tv...,não vi o Corpo de Bombeiros daqui se mobilizando para receber nada.
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Em 2008, a situação foi diferente. Menos cidades foram atingidas pelas águas. Na ocasião, o problema maior foram os deslizamentos, sendo que um gigantesco aconteceu no então desconhecido Morro do Baú, no município de Ilhota, onde centenas de pessoas morreram soterradas e as que sobreviveram, ficaram isoladas. Em Blumenau tb foram muitos e nem os ricos escaparam, mansões no alto dos morros simplesmente desabaram!
Mas as tvs e jornais fizeram o maior estardalhaço, o então presidente da república veio duas vezes pra cá com um bando de ministros, muitos helicopteros ficaram dias sobrevoando a região, resgatando feridos, levando mantimentos aos isolados e autoridades de um lado a outro. Parecia uma situação de guerra e mesmo aqui em Balneário Camboriú, era estranho ver tantos helicopteros. Aliás, houve até relatos que descendentes de alemães, trabalhadores rurais que moram em locais mais isolados, chegaram a ficar escondidos na mata, justamente por medo de uma guerra, pois não havia energia elétrica para acompanhar noticiários na tv.
Só que um evento parece simplesmente ter sido "esquecido" pela mídia: a explosão do gasoduto. Na verdade foram duas: uma pequena num sábado, que abriu uma pequena cratera numa estrada, e a maior, no dia seguinte - domingo, no tal Morro do Baú. O assunto foi mencionado apenas na revista Época (trecho da reportagem aqui , iniciando com o doloroso depoimento de um sobrevivente) e, dias depois, no Fantástico, os especialistas no assunto afirmaram que a explosão foi uma "fatalidade" ocorrida pelos deslizamentos e não a causa principal do gigantesco deslizamento ou seja lá que nome se pode dar àquela castástrofe. Eu não entendo de geologia ou de construção de gasoduto, então não tenho como opinar, só estranhei que o fato em si foi tão pouco mencionado na mídia, como se nem tivesse acontecido!
Desta vez, não faço idéia do tamanho do prejuizo material e nem tenho dados de desabrigados/desalojados para comparar, mas são os orgãos competentes de estudos climáticos que afirmam esta ser a maior enchente na região em 20 anos.
Em 2008, apesar da gravidade da situação inédita e pela quantidade de mortos, houve exagero pra todo lado e registrados acontecimentos jamais imagináveis pra esta região que prefiro nem citar. É claro que gente desonesta há em todos os lugares e em todos os níveis.
Talvez todos tenham aprendido um pouco mais com aqueles acontecimentos e nos excessos cometidos nem sempre a favor da verdade. Fato é que desta vez parece que todos estão mais comedidos nas ações, desde a mídia e seus noticiários até as autoridades com suas promessas.
De minha parte, tenho compaixão por aqueles que lutaram para recuperar seus empregos, trabalhando dignamente para o sustento da família e reconstruir seus lares e em menos de 3 anos estão novamente apenas com a roupa do corpo e a vida adiante a ser reconstruída mais uma vez!
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Vanessa: hoje eu li uma notícia (talvez no G1) que a Defesa Civil está pedindo para que outros estados evitem enviar donativos, pois ainda não há logística preparada para receber e distribuir.
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Sabe uma coisa que me preocupa? É que nos dias seguintes temos uma operação padrão por aqui para arrecadar as coisas. Surgem inúmeros postos de coleta. Tempos depois o assunto morre..., ninguém mais recolhe as coisas. Acho que o período de coleta tinha que ser mais longo, mesmo pq as necessidades vão mudando... Inicialmente água e comida..., quando a água baixa material de limpeza..., quando volta pra casa precisam de lençol e por aí vai..., mas a campanha pára antes.
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Além do Vale do Itajaí, ainda há outros pontos do estado que estão com enchente. Acabei de falar com mamãe e na serra catarinense a situação tb está complicada. Lá inclusive parentes meus estão com as casas alagadas.
Mas, como eu falei antes, talvez as autoridades queiram evitar os erros cometidos em 2008. O jeito é aguardar o desenrolar dos acontecimentos. Fato é que a população mais pobre e honesta sempre paga o preço com muito sofrimento e perdas materiais, o que não é pouco não.
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Meninas: pelo pouco que vi hoje no noticiário local, a situação já está se resolvendo em algumas cidades/bairros onde a água já escoou.
Em Itajaí, a distribuição de produtos básicos está sendo feita pelo exército, diretamente nos locais atingidos. O abastecimento de água está sendo normalizado gradativamente e as pessoas estão retornando e limpando as casas. Parece que hoje mesmo os abrigos serão desativados. Há um centro local para receber donativos e tb a aquisição através de recursos financeiros da Defesa Civil.
Em Rio do Sul, cuja situação é ainda muito crítica, helicopteros levam mantimentos aos locais isolados e foi estabelecido "toque de recolher" à noite, por conta dos desonestos que sempre tiram proveito das tragédias. Nessa região, há muitas cidades pequenas, das quais não tenho notícia, mas certamente estão muito prejudicadas, talvez mais que as grandes, por conta dos baixos recursos econômicos.
Parece que realmente as autoridades aprenderam um pouquinho mais com os excessos cometidos em 2008 e os alertas antecipados à população de algumas cidades contribuiram tanto para minimizar o nro. de vítimas, quanto de prejuizos materiais. Muita gente teve tempo para retirar móveis e eletro antes da água chegar. Ainda assim, o serviço de monitoramento do nível dos rios precisa ser revisto e modernizado, pois muitas falhas foram registradas.
Penso que não haverá campanha nacional para doações. Resta saber se as promessas de destinação de recursos das autoridades serão cumpridas.
Enfim, eu mantenho meu pedido inicial para que todos que possam contribuir com a aquisição de produtos locais e o turismo, não deixem de faze-lo, pois, no meu modo de pensar, a sobrevivência das empresas de qualquer ramo é que continuará a gerar empregos e renda. E essa é uma maneira muito mais construtiva, duradoura e eficaz do que a simples doação momentânea, que muitas vezes deixa de chegar aos realmente necessitados e acaba favorecendo aos que sequer foram atingidos.
.. e por falar nisso, meninas: o município de Ilhota é famoso pelas fábricas de calcinhas, soutiens, biquinis e maiôs da mais alta qualidade, preço bom e lindérrimas... hehe.. procurem nas lojas das suas cidades ou esperem mais alguns dias e venham às compras e aos passeios.. outubro é o mes das festas típicas da região.
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Tite nossa muito triste o q esta acontecendo ne, estou acompanhando pela tv,
mas Tite onde vc mora? esta longe?
vc em especial precisa de alguma coisa?
Vanessa concordo com vc, todos os desastres q acontecem deveriam estender mais o tempo de arrecadação, fazem maior movimentação e esquecem q as necessidades vão mudando com o tempo.
aqui no japão por exemplo ja nw vejo mais postos da cruz vermelha na prefeitura para poder fazer doação para vitimas do tsunami.
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A vida é uma longa jornada para crescer interiormente.*******curtindo um momento magico********* www.comprasjp.com
Aline: Eu moro em Balneário Camboriú, perto de Itajaí, mas aqui não tem problemas, as praias continuam lindas como sempre. Daqui a algumas horas irei para Itajaí fazer (mais) uma consulta médica, a parte central da cidade já está com atividades normais, pelo menos foi o que me disse a moça da clínica.
Na verdade, o correto é que as autoridades cumpram as promessas das obras necessárias para minimizar as consequências. E nada mais justo que o dinheiro público seja usado para suprir as necessidades quando as catástrofes acontecem. É pra isso que pagamos tantos e tão altos impostos, para o bem da população e não para sustentar a corrupção.
De qualquer modo, agradeço muito sua preocupação, mas fique tranquila. Aqui está td bem e na serra, os meus parentes tem condições econômicas para resolver os problemas que estão enfrentando. Claro que não é fácil pra ninguém, mas todos nós sofremos adversidades.
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